A cidade do rei e os teatros da rainha: (re)imaginando Lisboa ocidental e a Real Ópera do Tejo
Partindo da análise do impacto sociocultural determinado pela chegada a Portugal da rainha D. Maria Ana de Áustria (1708-1754), o artigo repensa as políticas artísticas e arquitetónicas do rei D. João V (1707-1750) e dos primeiros anos do reinado de D. José I, até ao terramoto de 1755. Graças a fontes e desenhos inéditos, o texto visa (re)discutir as dicotomias críticas entre os reinados joaninos e josefino, realçando também a centralidade da ação cultural de D. Maria Ana de Áustria. O artigo foca as seguintes questões: 1) a precocidade do processo de italianização da cultura de corte (música, dança, teatro) a partir de 1708; 2) o impacto duradouro dos projetos de Filippo Juvarra para Lisboa ocidental e a sua ligação com a planificação do sistema territorial de residências régias; 3) a mudança da política arquitetónica de D. João V em coincidência com o efetivo arranque do estaleiro de Mafra (1728-1729) e a persistência da sociabilidade de corte e das representações musico-teatrais promovidas pela rainha no Palácio da Ribeira até 1742; 4) a continuidade entre a ação cultural anterior da rainha-mãe e a política artístico-teatral implementada por D. José I entre 1750 e 1755; 5) a análise de três novos desenhos para a reconstrução gráfica integral do interior da Real Ópera projetada por Giovan Carlo Sicinio Bibiena e de duas inéditas descrições do interior do teatro régio de Salvaterra de Magos; 6) a reconversão urbanística, funcional e simbólica da área de acesso à Real Ópera no Palácio da Ribeira.
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Arquivo Municipal de Lisboa / Câmara Municipal de Lisboa
2018
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oai:scielo:S2183-317620180001000072018-11-14A cidade do rei e os teatros da rainha: (re)imaginando Lisboa ocidental e a Real Ópera do TejoRaggi,Giuseppina D. João V D. Maria Ana de Áustria D. José I Filippo Juvarra Giovan Carlo Sicinio Bibiena Partindo da análise do impacto sociocultural determinado pela chegada a Portugal da rainha D. Maria Ana de Áustria (1708-1754), o artigo repensa as políticas artísticas e arquitetónicas do rei D. João V (1707-1750) e dos primeiros anos do reinado de D. José I, até ao terramoto de 1755. Graças a fontes e desenhos inéditos, o texto visa (re)discutir as dicotomias críticas entre os reinados joaninos e josefino, realçando também a centralidade da ação cultural de D. Maria Ana de Áustria. O artigo foca as seguintes questões: 1) a precocidade do processo de italianização da cultura de corte (música, dança, teatro) a partir de 1708; 2) o impacto duradouro dos projetos de Filippo Juvarra para Lisboa ocidental e a sua ligação com a planificação do sistema territorial de residências régias; 3) a mudança da política arquitetónica de D. João V em coincidência com o efetivo arranque do estaleiro de Mafra (1728-1729) e a persistência da sociabilidade de corte e das representações musico-teatrais promovidas pela rainha no Palácio da Ribeira até 1742; 4) a continuidade entre a ação cultural anterior da rainha-mãe e a política artístico-teatral implementada por D. José I entre 1750 e 1755; 5) a análise de três novos desenhos para a reconstrução gráfica integral do interior da Real Ópera projetada por Giovan Carlo Sicinio Bibiena e de duas inéditas descrições do interior do teatro régio de Salvaterra de Magos; 6) a reconversão urbanística, funcional e simbólica da área de acesso à Real Ópera no Palácio da Ribeira.info:eu-repo/semantics/openAccessArquivo Municipal de Lisboa / Câmara Municipal de LisboaCadernos do Arquivo Municipal v.ser2 n.9 20182018-06-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-31762018000100007pt |
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