Linguagem e comunicação em Heidegger
O artigo discute a dimensão ontológica presente na categoria heideggeriana do "falar", procurando, a partir dela, construir uma interpretação da comunicação enquanto fenômeno fundamentalmente intersubjetivo. Para fazê-lo, utiliza-se o Heidegger de Ser e Tempo. Inicia-se explicitando a compreensão de Heidegger sobre a linguagem, presente nessa obra, para, em seguida, por meio dela, se alcançar a compreensão do filósofo sobre a comunicação. Procura-se demonstrar que o falar é equivalente a um dar sentido comum a algo: não o encontro, o revelar, do sentido próprio de algo, na sua pretensa dimensão ôntica, mas o sentido presente na intersubjetividade, no mundo compartilhado, nos recursos de compreensão que a pessoa lança mão na sua interação com outros. Assim, procura-se demonstrar que a reflexão filosófica sobre a linguagem e sobre a comunicação precisa se enraizar na ontologia do ser-com-outros para transpor os limites da metafísica do sujeito e da subjetividade e para alcançar uma compreensão profunda do fenômeno da intersubjetividade.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica - PUC-SP
2014
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-25532014000100007 |
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Summary: | O artigo discute a dimensão ontológica presente na categoria heideggeriana do "falar", procurando, a partir dela, construir uma interpretação da comunicação enquanto fenômeno fundamentalmente intersubjetivo. Para fazê-lo, utiliza-se o Heidegger de Ser e Tempo. Inicia-se explicitando a compreensão de Heidegger sobre a linguagem, presente nessa obra, para, em seguida, por meio dela, se alcançar a compreensão do filósofo sobre a comunicação. Procura-se demonstrar que o falar é equivalente a um dar sentido comum a algo: não o encontro, o revelar, do sentido próprio de algo, na sua pretensa dimensão ôntica, mas o sentido presente na intersubjetividade, no mundo compartilhado, nos recursos de compreensão que a pessoa lança mão na sua interação com outros. Assim, procura-se demonstrar que a reflexão filosófica sobre a linguagem e sobre a comunicação precisa se enraizar na ontologia do ser-com-outros para transpor os limites da metafísica do sujeito e da subjetividade e para alcançar uma compreensão profunda do fenômeno da intersubjetividade. |
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