Do teso marajoara ao sambódromo: agência e resistência de objetos arqueológicos da Amazônia
Resumo Este artigo trata de objetos arqueológicos da Amazônia para além de seus contextos originais e, partindo de uma análise de seus atributos agentivos, introduz o conceito de objeto resistente. Considerando a agência de objetos e imagens marajoaras, procura entender quais são os atributos materiais e visuais que os tornam passíveis de ressignificação, através dos tempos e culturas, em variadas narrativas de construção de identidades. Entre aquilo que distinguimos como ‘tecnologias de encantamento’, destacamos a complexidade da organização de campos decorativos e motivos gráficos, assim como maneiras particulares de representar seres e seus corpos, tecnologias estas reaproveitadas e readaptadas em contextos ocidentais históricos e contemporâneos. Argumentamos que este exercício é necessário enquanto prática arqueológica, para melhor nos instrumentalizarmos no entendimento de onde reside a agência e resistência de certos artefatos arqueológicos e devolver o protagonismo às artes indígenas do passado que foram e continuam sendo reapropriadas ao longo do tempo, tanto em narrativas colonialistas como de resistência ou decoloniais.
Main Author: | |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
MCTI/Museu Paraense Emílio Goeldi
2020
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222020000300909 |
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