Três críticos latino-americanos
Resumo A avaliação dos papéis desempenhados pelos críticos literários na formação do campo intelectual mexicano, em contraposição ao Brasil e à Argentina, além do grau e das modalidades de institucionalização (universidade, imprensa, revistas etc.) dessa atividade em torno da década de 1950 é o objetivo central deste artigo. Nessa direção, propomos tomar como ponto de partida a trajetória e a produção intelectual do reconhecido crítico e historiador da literatura mexicana, José Luis Martínez (1918-2007), visando compará-las com as do brasileiro Antonio Candido (1918-2017) e do argentino Adolfo Prieto (1928-2016). Praticada até meados do século XX de forma mundana e entendida como um gênero menor da literatura, a crítica seria alavancada por sua institucionalização universitária, mais precisamente pela criação de cursos superiores em letras, ocorrida nos três países na primeira metade desse século, que, progressivamente, conferiu aos críticos meios específicos de legitimação e, cada vez mais, independentes da chancela dos escritores. Obviamente tal processo se deu lentamente e de maneira conflituosa, mas a ascensão e a autoridade conquistada por esses novos produtores culturais alteraram a morfologia e as relações de força nos campos literário e acadêmico.♦
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Published: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia - UFRGS
2018
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oai:scielo:S1517-452220180001001382018-06-20Três críticos latino-americanosJackson,LuizBlanco,Alejandro Críticos literários Trajetórias Campo literário Universidade América Latina Resumo A avaliação dos papéis desempenhados pelos críticos literários na formação do campo intelectual mexicano, em contraposição ao Brasil e à Argentina, além do grau e das modalidades de institucionalização (universidade, imprensa, revistas etc.) dessa atividade em torno da década de 1950 é o objetivo central deste artigo. Nessa direção, propomos tomar como ponto de partida a trajetória e a produção intelectual do reconhecido crítico e historiador da literatura mexicana, José Luis Martínez (1918-2007), visando compará-las com as do brasileiro Antonio Candido (1918-2017) e do argentino Adolfo Prieto (1928-2016). Praticada até meados do século XX de forma mundana e entendida como um gênero menor da literatura, a crítica seria alavancada por sua institucionalização universitária, mais precisamente pela criação de cursos superiores em letras, ocorrida nos três países na primeira metade desse século, que, progressivamente, conferiu aos críticos meios específicos de legitimação e, cada vez mais, independentes da chancela dos escritores. Obviamente tal processo se deu lentamente e de maneira conflituosa, mas a ascensão e a autoridade conquistada por esses novos produtores culturais alteraram a morfologia e as relações de força nos campos literário e acadêmico.♦info:eu-repo/semantics/openAccessPrograma de Pós-Graduação em Sociologia - UFRGSSociologias v.20 n.47 20182018-04-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222018000100138pt10.1590/15174522-020004705 |
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Resumo A avaliação dos papéis desempenhados pelos críticos literários na formação do campo intelectual mexicano, em contraposição ao Brasil e à Argentina, além do grau e das modalidades de institucionalização (universidade, imprensa, revistas etc.) dessa atividade em torno da década de 1950 é o objetivo central deste artigo. Nessa direção, propomos tomar como ponto de partida a trajetória e a produção intelectual do reconhecido crítico e historiador da literatura mexicana, José Luis Martínez (1918-2007), visando compará-las com as do brasileiro Antonio Candido (1918-2017) e do argentino Adolfo Prieto (1928-2016). Praticada até meados do século XX de forma mundana e entendida como um gênero menor da literatura, a crítica seria alavancada por sua institucionalização universitária, mais precisamente pela criação de cursos superiores em letras, ocorrida nos três países na primeira metade desse século, que, progressivamente, conferiu aos críticos meios específicos de legitimação e, cada vez mais, independentes da chancela dos escritores. Obviamente tal processo se deu lentamente e de maneira conflituosa, mas a ascensão e a autoridade conquistada por esses novos produtores culturais alteraram a morfologia e as relações de força nos campos literário e acadêmico.♦ |
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