Ingestão de energia e nutrientes segundo consumo de alimentos fora do lar na Região Nordeste: uma análise do Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009

RESUMO: Introdução: O consumo de alimentos fora do lar vem crescendo no Brasil, sendo associado a escolhas alimentares menos nutritivas. Objetivo: Descrever a ingestão de energia e nutrientes específicos entre consumidores e não consumidores de alimentos fora do lar, na Região Nordeste. Métodos: Foram analisados dados do Inquérito Nacional de Alimentação (INA), provenientes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, em uma amostra de 11.674 indivíduos residentes na Região Nordeste, que forneceram dois registros alimentares em dias não consecutivos, com informação sobre o local de consumo dos alimentos (dentro ou fora do lar). Alimentação fora do lar foi definida como todo alimento adquirido e consumido fora de casa. Modelos de regressão linear foram desenvolvidos para avaliar a relação entre o consumo alimentar fora do lar em um dos dois dias de registro e a ingestão de energia e nutrientes, ajustados por idade, sexo e renda per capita. Resultados: O consumo de alimentos fora do lar, em pelo menos um dos dois dias de registro alimentar, foi reportado por 42% dos indivíduos. Os indivíduos que consomem alimentos fora do lar apresentaram pior ingestão de nutrientes em comparação com os que não consomem alimentos fora do lar, com maior consumo de energia, açúcar livre, gordura saturada, gordura trans e menor ingestão de proteína, ferro e fibra alimentar, independente da idade, sexo e renda (p < 0,05). Conclusão: A alimentação fora do lar no Nordeste contribuiu para uma maior ingestão de energia e uma pior ingestão de nutrientes. Assim, faz-se necessária a elaboração de políticas públicas e estratégias que favoreçam a escolha de alimentos mais saudáveis quando os indivíduos optam por se alimentar fora do lar.

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Main Authors: Cavalcante,Jessica Brito, Moreira,Tyciane Maria Vieira, Mota,Caroline da Costa, Pontes,Carolinne Reinaldo, Bezerra,Ilana Nogueira
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2017
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000100115
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spelling oai:scielo:S1415-790X20170001001152017-05-09Ingestão de energia e nutrientes segundo consumo de alimentos fora do lar na Região Nordeste: uma análise do Inquérito Nacional de Alimentação 2008-2009Cavalcante,Jessica BritoMoreira,Tyciane Maria VieiraMota,Caroline da CostaPontes,Carolinne ReinaldoBezerra,Ilana Nogueira Hábitos alimentares Nutrientes Consumo de energia Inquéritos sobre dieta Ingestão de alimentos Comportamento alimentar RESUMO: Introdução: O consumo de alimentos fora do lar vem crescendo no Brasil, sendo associado a escolhas alimentares menos nutritivas. Objetivo: Descrever a ingestão de energia e nutrientes específicos entre consumidores e não consumidores de alimentos fora do lar, na Região Nordeste. Métodos: Foram analisados dados do Inquérito Nacional de Alimentação (INA), provenientes da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, em uma amostra de 11.674 indivíduos residentes na Região Nordeste, que forneceram dois registros alimentares em dias não consecutivos, com informação sobre o local de consumo dos alimentos (dentro ou fora do lar). Alimentação fora do lar foi definida como todo alimento adquirido e consumido fora de casa. Modelos de regressão linear foram desenvolvidos para avaliar a relação entre o consumo alimentar fora do lar em um dos dois dias de registro e a ingestão de energia e nutrientes, ajustados por idade, sexo e renda per capita. Resultados: O consumo de alimentos fora do lar, em pelo menos um dos dois dias de registro alimentar, foi reportado por 42% dos indivíduos. Os indivíduos que consomem alimentos fora do lar apresentaram pior ingestão de nutrientes em comparação com os que não consomem alimentos fora do lar, com maior consumo de energia, açúcar livre, gordura saturada, gordura trans e menor ingestão de proteína, ferro e fibra alimentar, independente da idade, sexo e renda (p < 0,05). Conclusão: A alimentação fora do lar no Nordeste contribuiu para uma maior ingestão de energia e uma pior ingestão de nutrientes. Assim, faz-se necessária a elaboração de políticas públicas e estratégias que favoreçam a escolha de alimentos mais saudáveis quando os indivíduos optam por se alimentar fora do lar.info:eu-repo/semantics/openAccessAssociação Brasileira de Saúde ColetivaRevista Brasileira de Epidemiologia v.20 n.1 20172017-03-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2017000100115pt10.1590/1980-5497201700010010
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