Não realização de consulta odontológica entre gestantes no extremo sul do Brasil: um estudo de base populacional

Resumo Este estudo teve por objetivo medir a prevalência e identificar fatores associados à não utilização de assistência odontológica entre gestantes residentes no município de Rio Grande, RS. Em 2013, entrevistadores previamente treinados aplicaram questionário único, padronizado em até 48 horas após o parto à todas puérperas residentes neste município. Utilizou-se teste do qui-quadrado para comparar proporções e, da análise multivariável, regressão de Poisson com ajuste robusto da variância para a obtenção da razão de prevalências. Dentre 2.653 puérperas incluídas neste estudo, 60,1% (IC95%: 58,2% – 61,9%) não utilizaram qualquer tipo de serviço odontológico durante a gestação. Após ajuste, a probabilidade de não uso destes serviços foi significativamente maior entre gestantes de menor idade, renda e escolaridade, que viviam com maior número de pessoas no domicílio, que realizaram um menor número de consultas de pré-natal, que fizeram pré-natal no serviço público, e que não foram atendidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF). Incentivar gestantes com este perfil epidemiológico a procurar por serviços odontológicos durante as consultas de pré-natal e ampliar a oferta da ESF são medidas com grande potencial de elevar a cobertura para este tipo de serviço na localidade estudada.

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Bibliographic Details
Main Authors: Konzen Júnior,Dionizio José, Marmitt,Luana Patricia, Cesar,Juraci Almeida
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2019
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232019001003889
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