Bukowski e drogadição: uma análise para além do 'velho safado'
O abuso de drogas suscita diferentes posicionamentos em variadas culturas e situações no mundo. No plano das políticas públicas, este consumo é abordado como patologia ou como crime. Na psicanálise, encontramos duas vertentes teóricas: uma considera o gozo do drogado como fora da referência ao sintoma e à fantasia; a outra afirma a necessidade de tomarmos a droga na especificidade da relação que o sujeito estabelece com a castração nas estruturas clínicas. Situando-nos nessa segunda via, objetivamos realizar estudo de caso biográfico de Charles Bukowski, cuja relação com o álcool aparece entremeada com sua produção escrita. Em Bukowski, podemos afirmar que o recurso à droga surge como compromisso (escrever para ir contra o pai) sustentado na fantasia (de espancamento), logo, como sintoma. Verificamos que é possível e necessário pensar a drogadição na neurose, observando no caso a caso como a droga entra na economia libidinal de cada sujeito.
Main Authors: | , , |
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Format: | Digital revista |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2012
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Online Access: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-73722012000400015 |
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