Experimentar, devir, contagiar: o que pode um corpo?

Aliando-nos aos clowns - e também aos xamãs e outros - investigamos as potências do corpo, em ressonância com processos de singularização. O corpo clownesco - com seu poder de afetar e ser afetado, com sua lógica própria, envolvendo modos de sentir, pensar, agir, singulares - é um dos eixos da construção do clown. A iniciação clownesca - tal como a praticada pelo Lume: Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da Unicamp - torna-se uma experiência de devir-outro, invenção de outros afectos, envolvendo uma atitude de escuta do mundo com o corpo todo, um estado de alerta e, ao mesmo tempo, de grande entrega e disponibilidade. Trata-se das ressonâncias dos encontros, de algo que ocorre entre o clown e o outro. As dimensões ética, política, estética e filosófica estão imbricadas nesse aspecto de afirmação da vida, na construção de outros modos de existência.

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Bibliographic Details
Main Author: Kasper,Kátia Maria
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: UNICAMP - Faculdade de Educação 2009
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73072009000300013
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