Diferenças de gênero ao acolhimento de pessoas vivendo com HIV em serviço universitário de referência de São Paulo, Brasil

O número de mulheres brasileiras vivendo com HIV aumentou, exigindo dos serviços especializados atenção às demandas femininas. Neste estudo avaliaram-se diferenças de gênero ao acolhimento em serviço de referência no cuidado a pessoas vivendo com HIV em São Paulo, com revisão de 1.072 prontuários de pacientes atendidos entre 1998 e 2002. As mulheres eram mais jovens, mais freqüentemente casadas e heterossexuais e apresentavam menor escolaridade do que os homens à admissão. Enquanto 36% das mulheres realizaram teste anti-HIV por possuírem parceiro soropositivo, 43% dos homens o fizeram por apresentarem sintomas. Ao acolhimento, 55% dos homens e 38% das mulheres tinham AIDS. As mulheres apresentaram contagem de linfócitos CD4+ mais elevada e, mais freqüentemente, carga viral indetectável. Não houve diferença entre os sexos no acesso ao tratamento anti-retroviral após estratificação por estádio clínico. Embora as diferenças sócio-demográficas observadas à admissão apontem para a vulnerabilidade social das mulheres, estas buscaram cuidado especializado em estágios clínicos menos avançados. O conhecimento de características distintivas entre homens e mulheres ao acolhimento pode contribuir para estruturar serviços, aprimorar a assistência e otimizar os benefícios do cuidado.

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Main Authors: Braga,Patrícia Emilia, Cardoso,Maria Regina Alves, Segurado,Aluisio Cotrim
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz 2007
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007001100013
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