O baile do monstro: o mito da paz de vestfália na história das relações internacionais modernas
O objetivo deste artigo é problematizar o mito da Paz de Vestfália nas relações internacionais modernas, trazendo interpretações alternativas para tal evento e para seus impactos no estudo da história das relações internacionais e nas relações internacionais contemporâneas. Problematizando, primeiramente o marco histórico, o argumento central aponta que a Paz de Vestfália não promoveu profunda inovação nem ruptura em relação à perspectiva anterior à Guerra dos Trinta Anos no que diz respeito aos aspectos essenciais das unidades constitutivas do Sacro Império Romano e das prerrogativas do imperador, apenas confirmou uma ordem cooperativa legal de entidades autônomas não-soberanas. O questionamento da existência empírica de um sistema inviolável de Estados soberanos evidencia, a seguir, as brechas nos princípios de autonomia e de territorialidade do modelo vestfaliano de relações internacionais. Finalmente, as interpretações alternativas do impacto da Paz de Vestfália para as relações internacionais e para seu estudo indicam que a igualdade formal entre os Estados intensifica dificuldades na resposta às diferenças na cultura, na religião e no modo de vida.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho
2010
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oai:scielo:S0101-907420100002000122011-02-10O baile do monstro: o mito da paz de vestfália na história das relações internacionais modernasJesus,Diego Santos Vieira de História das Relações Internacionais Paz de Vestfália Soberania O objetivo deste artigo é problematizar o mito da Paz de Vestfália nas relações internacionais modernas, trazendo interpretações alternativas para tal evento e para seus impactos no estudo da história das relações internacionais e nas relações internacionais contemporâneas. Problematizando, primeiramente o marco histórico, o argumento central aponta que a Paz de Vestfália não promoveu profunda inovação nem ruptura em relação à perspectiva anterior à Guerra dos Trinta Anos no que diz respeito aos aspectos essenciais das unidades constitutivas do Sacro Império Romano e das prerrogativas do imperador, apenas confirmou uma ordem cooperativa legal de entidades autônomas não-soberanas. O questionamento da existência empírica de um sistema inviolável de Estados soberanos evidencia, a seguir, as brechas nos princípios de autonomia e de territorialidade do modelo vestfaliano de relações internacionais. Finalmente, as interpretações alternativas do impacto da Paz de Vestfália para as relações internacionais e para seu estudo indicam que a igualdade formal entre os Estados intensifica dificuldades na resposta às diferenças na cultura, na religião e no modo de vida.info:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade Estadual Paulista Julio de Mesquita FilhoHistória (São Paulo) v.29 n.2 20102010-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742010000200012pt10.1590/S0101-90742010000200012 |
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