O MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEM) COMO INDICADOR DE DISFUNÇÃO COGNITIVA APÓS TCE GRAVE
O objetivo deste estudo foi analisar as disfunções cognitivas apresentadas pelos pacientes que iniciam tratamento ambulatorial após traumatismo crânio-encefálico grave. Durante 1 ano, consecutivamente, 87 pacientes foram atendidos em primeira consulta médica e de enfermagem. Destes, 80 foram submetidos ao Mini-exame do Estado Mental (MEM). O tempo médio entre o trauma e a aplicação desse exame foi de 74 dias. Utilizou-se como ponto de corte o escore igual ou inferior a 23, obteve-se 35% de pacientes com disfunção cognitiva. Nos pacientes com MEM < 23 uma relação de 2:1 foi observada quando comparou-se o grupo de pacientes com escolaridade inferior a 4 anos com aquele superior a 4 anos. Os resultados dos testes estatísticos indicam que houve uma forte associação negativa entre a obtenção de pontuação igual ou maior que 24 e a escolaridade maior que 4 anos (Q= -0,9). Ainda nos pacientes com MEM < 23, o único item pouco afetado foi o registro de dados. Os demais itens, orientação, atenção e cálculo, memória de fixação e linguagem foram afetados tanto naqueles com escolaridade inferior como superior a 4 anos. Os resultados obtidos indicam que além das intervenções de enfermagem decorrentes do diagnóstico disfunção cognitiva dirigidas especificamente ao paciente é preciso estar atento para incluir a família no tratamento, seja no que se refere ao esclarecimento das condições do paciente, seja na forma de tratá-lo nesta fase de convalescença.
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Format: | Digital revista |
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Published: |
Universidade de São Paulo, Escola de Enfermagem
1994
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oai:scielo:S0080-623419940003002812016-11-09O MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEM) COMO INDICADOR DE DISFUNÇÃO COGNITIVA APÓS TCE GRAVEKoizumi,Maria SumieSousa,Regina Márcia Cardoso deOkamura,Mirna Namie Disfunção cognitiva Estado mental Traumatismo crânio-encefálico O objetivo deste estudo foi analisar as disfunções cognitivas apresentadas pelos pacientes que iniciam tratamento ambulatorial após traumatismo crânio-encefálico grave. Durante 1 ano, consecutivamente, 87 pacientes foram atendidos em primeira consulta médica e de enfermagem. Destes, 80 foram submetidos ao Mini-exame do Estado Mental (MEM). O tempo médio entre o trauma e a aplicação desse exame foi de 74 dias. Utilizou-se como ponto de corte o escore igual ou inferior a 23, obteve-se 35% de pacientes com disfunção cognitiva. Nos pacientes com MEM < 23 uma relação de 2:1 foi observada quando comparou-se o grupo de pacientes com escolaridade inferior a 4 anos com aquele superior a 4 anos. Os resultados dos testes estatísticos indicam que houve uma forte associação negativa entre a obtenção de pontuação igual ou maior que 24 e a escolaridade maior que 4 anos (Q= -0,9). Ainda nos pacientes com MEM < 23, o único item pouco afetado foi o registro de dados. Os demais itens, orientação, atenção e cálculo, memória de fixação e linguagem foram afetados tanto naqueles com escolaridade inferior como superior a 4 anos. Os resultados obtidos indicam que além das intervenções de enfermagem decorrentes do diagnóstico disfunção cognitiva dirigidas especificamente ao paciente é preciso estar atento para incluir a família no tratamento, seja no que se refere ao esclarecimento das condições do paciente, seja na forma de tratá-lo nesta fase de convalescença.info:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de São Paulo, Escola de EnfermagemRevista da Escola de Enfermagem da USP v.28 n.3 19941994-12-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62341994000300281pt10.1590/0080-6234199402800300281 |
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