Nomadismo involuntário na reestruturação produtiva do trabalho bancário

Este artigo trata das conseqüências humanas advindas dos modos de trabalhar e de gerir implementados pela reestruturação produtiva do trabalho. Mapeia e analisa a mobilidade - transferências de lugar e/ou de cargo - de sujeitos da reestruturação numa instituição bancária pública; e apresenta as conseqüências da reestruturação a partir da visão dos bancários. O estudo de caso foi utilizado como estratégia de pesquisa, cujos dados foram coletados via documentos da empresa, entrevistas informativas e entrevistas semiestruturadas em 1998 e 2003. Os dados sofreram análise estatística e de conteúdo. Os resultados indicam que a reestruturação produtiva acarretou mobilidade de modo diferenciado, e os efeitos mais perversos recaíram sobre sujeitos mais velhos e com mais tempo de serviço, já que estes descenderam na hierarquia da empresa. Como conseqüências humanas, têm-se nomadismo involuntário, instabilidade na estabilidade do emprego, relacionamentos de curto prazo, ruptura dos laços de confiança e sofrimento psíquico.

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Bibliographic Details
Main Authors: Grisci,Carmem Ligia Iochins, Cigerza,Gilles Chemale, Hofmeister,Pedro Mendes, Becker,João Luiz
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo 2006
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75902006000100004
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