Conduta no primeiro episódio de crise convulsiva

Objetivo: estudar a grande variação dos prognósticos relatados após a primeira crise convulsiva não provocada e dos fatores de risco que são associados com recorrência, estabelecendo uma conduta uniforme. Fontes dos dados: revisão sistemática das citações do banco de dados da Bireme. Síntese dos dados: a taxa de recorrência difere nos estudos de primeira crise em conseqüência dos diferentes critérios de inclusão. O eletrencefalograma (EEG) é particularmente útil na determinação da natureza epiléptica de um evento nos pacientes mais jovens e naqueles com crises de origem desconhecida. Um EEG anormal, particularmente com descargas de ponta-onda generalizadas, tem sido relatado como um preditor de recorrência consistente. Embora não seja um substituto para o exame clínico, o EEG é parte integral do processo diagnóstico após a primeira crise afebril, e deve ser solicitado. A decisão quanto tratar ou não os pacientes que apresentaram uma crise única depende fortemente do conhecimento do médico da potencial morbidade de uma outra crise versus a potencial morbidade da terapia com drogas antiepilépticas (DAEs). Conclusões: em crianças, efeitos colaterais das DAEs são comuns, e o risco de injúria após uma crise geralmente é mínimo, já que elas não se expõem a situações de extremo risco, como a condução de automóveis ou a operação de máquinas, além do fato de geralmente estarem em ambiente supervisionado. Em adultos, esta unanimidade é pequena.

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Main Authors: Nicole-Carvalho,Valentina, Henriques-Souza,Adélia Maria de Miranda
Format: Digital revista
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Pediatria 2002
Online Access:http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000700004
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spelling oai:scielo:S0021-755720020007000042008-08-20Conduta no primeiro episódio de crise convulsivaNicole-Carvalho,ValentinaHenriques-Souza,Adélia Maria de Miranda convulsões epilepsia fatores de risco recorrência Objetivo: estudar a grande variação dos prognósticos relatados após a primeira crise convulsiva não provocada e dos fatores de risco que são associados com recorrência, estabelecendo uma conduta uniforme. Fontes dos dados: revisão sistemática das citações do banco de dados da Bireme. Síntese dos dados: a taxa de recorrência difere nos estudos de primeira crise em conseqüência dos diferentes critérios de inclusão. O eletrencefalograma (EEG) é particularmente útil na determinação da natureza epiléptica de um evento nos pacientes mais jovens e naqueles com crises de origem desconhecida. Um EEG anormal, particularmente com descargas de ponta-onda generalizadas, tem sido relatado como um preditor de recorrência consistente. Embora não seja um substituto para o exame clínico, o EEG é parte integral do processo diagnóstico após a primeira crise afebril, e deve ser solicitado. A decisão quanto tratar ou não os pacientes que apresentaram uma crise única depende fortemente do conhecimento do médico da potencial morbidade de uma outra crise versus a potencial morbidade da terapia com drogas antiepilépticas (DAEs). Conclusões: em crianças, efeitos colaterais das DAEs são comuns, e o risco de injúria após uma crise geralmente é mínimo, já que elas não se expõem a situações de extremo risco, como a condução de automóveis ou a operação de máquinas, além do fato de geralmente estarem em ambiente supervisionado. Em adultos, esta unanimidade é pequena.info:eu-repo/semantics/openAccessSociedade Brasileira de PediatriaJornal de Pediatria v.78 suppl.1 20022002-08-01info:eu-repo/semantics/articletext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572002000700004pt10.1590/S0021-75572002000700004
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